A condenação ocorreu após o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público estadual acusar Edilson, em agosto de 2023, por obstrução de Justiça. Segundo a denúncia, o dono do ferro-velho teria prejudicado as investigações de crimes envolvendo uma organização criminosa, dificultando assim a busca pela verdade e a administração da Justiça. Os promotores afirmaram que, dois dias depois do crime, Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz, responsáveis pelos homicídios, entregaram o veículo a Edilson, em um acordo feito com Maxwell Simões Correa, conhecido como Suel.
Na sentença, proferida em setembro último, o juiz da 37ª Vara Criminal ressaltou que a destruição do carro prejudicou a investigação dos assassinatos, dificultando a realização de perícias e a identificação dos culpados. A promotora de Justiça Fabíola Tardin Costa, que representou o Ministério Público durante o processo, destacou que essa conduta é comum no contexto das milícias, onde a utilização de veículos para execuções é frequente, visando facilitar a fuga e ocultar provas.
Portanto, a condenação de Edilson Barbosa dos Santos representa uma importante etapa no desdobramento do caso que chocou o país, evidenciando a gravidade dos fatos e a necessidade de responsabilização dos envolvidos. A sentença destaca a importância de coibir condutas que visam obstruir a Justiça e dificultar a investigação de crimes, reforçando a busca pela verdade e pela justiça no combate à criminalidade.