A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu nesta sexta-feira (4) uma importante ação voltada para a avaliação de pacientes que possuem hanseníase. O evento aconteceu no II Centro de Saúde, localizado na Praça da Maravilha, em Maceió, e teve como objetivo analisar as incapacidades físicas e neurológicas causadas pela doença.
A hanseníase é uma doença infecciosa que afeta os nervos e a pele, sendo transmitida principalmente pelo ar em casos de convivência com pacientes em estágio avançado e sem tratamento. No entanto, a transmissão é interrompida em até 72 horas após o início do tratamento, que pode durar de seis a doze meses.
Durante a avaliação realizada pela Sesau, a enfermeira técnica do Programa Estadual de Combate à Hanseníase, Ana Patrícia Barros, explicou que as incapacidades físicas resultantes da doença são classificadas em dois tipos, sendo o tipo II o mais grave. Essas incapacidades podem incluir deformações nas mãos, nos pés e até mesmo reabsorção óssea, sendo muitas vezes confundidas com amputações.
É importante ressaltar que a identificação das incapacidades do tipo II deve ser confirmada por um segundo profissional em um prazo de até 60 dias, garantindo assim um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. Além disso, a hanseníase também apresenta sintomas como manchas na pele, comprometimento dos nervos periféricos, sensação de formigamento, diminuição da sensibilidade e nódulos dolorosos no corpo.
Nos últimos 10 anos, Alagoas registrou um total de 3.429 casos de hanseníase, dos quais 305 foram identificados com incapacidades do tipo II. O evento de avaliação contou com a presença de alunos dos cursos de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Maurício de Nassau (UniNassau), contribuindo para a conscientização e o combate efetivo dessa doença.
Portanto, iniciativas como essa realizada pela Sesau são essenciais para prevenir, diagnosticar e tratar a hanseníase, garantindo uma melhor qualidade de vida aos pacientes afetados por essa enfermidade.