ALAGOAS – “Sesau realiza testes para identificar incapacidades físicas em pacientes com hanseníase em Alagoas, com 305 casos do tipo II registrados”

Sesau realiza testes para avaliação de incapacidades físicas em pacientes com hanseníase

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu nesta sexta-feira (4) uma importante ação voltada para a avaliação de pacientes que possuem hanseníase. O evento aconteceu no II Centro de Saúde, localizado na Praça da Maravilha, em Maceió, e teve como objetivo analisar as incapacidades físicas e neurológicas causadas pela doença.

A hanseníase é uma doença infecciosa que afeta os nervos e a pele, sendo transmitida principalmente pelo ar em casos de convivência com pacientes em estágio avançado e sem tratamento. No entanto, a transmissão é interrompida em até 72 horas após o início do tratamento, que pode durar de seis a doze meses.

Durante a avaliação realizada pela Sesau, a enfermeira técnica do Programa Estadual de Combate à Hanseníase, Ana Patrícia Barros, explicou que as incapacidades físicas resultantes da doença são classificadas em dois tipos, sendo o tipo II o mais grave. Essas incapacidades podem incluir deformações nas mãos, nos pés e até mesmo reabsorção óssea, sendo muitas vezes confundidas com amputações.

É importante ressaltar que a identificação das incapacidades do tipo II deve ser confirmada por um segundo profissional em um prazo de até 60 dias, garantindo assim um diagnóstico preciso e um tratamento adequado. Além disso, a hanseníase também apresenta sintomas como manchas na pele, comprometimento dos nervos periféricos, sensação de formigamento, diminuição da sensibilidade e nódulos dolorosos no corpo.

Nos últimos 10 anos, Alagoas registrou um total de 3.429 casos de hanseníase, dos quais 305 foram identificados com incapacidades do tipo II. O evento de avaliação contou com a presença de alunos dos cursos de Enfermagem da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e da Universidade Maurício de Nassau (UniNassau), contribuindo para a conscientização e o combate efetivo dessa doença.

Portanto, iniciativas como essa realizada pela Sesau são essenciais para prevenir, diagnosticar e tratar a hanseníase, garantindo uma melhor qualidade de vida aos pacientes afetados por essa enfermidade.

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