De acordo com o processo, o vazamento teria ocorrido em uma escola de ensino médio no Recife, onde os fiscais abriram por engano o pacote lacrado com as provas do período da tarde, que deveriam ser aplicadas somente à tarde. As provas foram distribuídas aos candidatos, que chegaram a preencher os campos de identificação e iniciar a resolução das questões, mas logo em seguida, os fiscais perceberam o erro e recolheram as provas.
A AGU argumenta em seu recurso que a suspensão prejudica tanto a Administração Pública quanto os candidatos que prestaram o concurso, destacando que o equívoco foi corrigido durante o andamento do certame, garantindo a isonomia entre os participantes. Além disso, a AGU ressalta que a organização do concurso demandou uma grande mobilização do governo federal, com detalhado planejamento e gastos significativos com logística, segurança e aplicação das provas em todo o território nacional.
Ainda de acordo com a AGU, a repetição de toda essa estrutura planejada e executada só se justificaria por um motivo realmente grave e devidamente comprovado, o que, segundo o órgão, não é o caso. Enquanto aguarda a decisão do TRF1 em relação ao seu recurso, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos divulgou as notas finais das provas objetivas e as notas preliminares das provas discursivas e de redação do CNU, com exceção do bloco 4. A data para o julgamento definitivo da causa ainda não foi definida, mantendo os candidatos em suspense quanto aos resultados de suas provas.