BRASIL – Candidatos quilombolas vencem eleições para prefeito em 17 municípios, com destaque para estados de Goiás e Tocantins.

Nas eleições municipais deste ano, candidatos que se declararam quilombolas obtiveram vitórias significativas, conquistando o cargo de prefeito em 17 municípios brasileiros. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a maioria dos eleitos são homens, totalizando 15 prefeitos, enquanto apenas duas mulheres quilombolas foram eleitas.

Ao analisar a autodeclaração de cor feita pelos candidatos ao TSE, observa-se que oito prefeitos eleitos se declararam pretos, seis pardos e três brancos. Essa diversidade é um reflexo do Brasil e de suas múltiplas origens e trajetórias.

Os municípios que elegeram prefeitos quilombolas estão distribuídos pelas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste do país. No entanto, chamou atenção o fato de nenhum quilombola ter sido eleito prefeito em cidades da Região Sul, apontando para desafios a serem superados nessa região em termos de representatividade e inclusão.

Destaca-se o estado de Goiás, que terá quatro cidades governadas por quilombolas. Entre os vencedores estão Fernando Cardoso, em União; Chico Vaca, em Corumbá de Goiás; Vilmar Kalunga, em Cavalcante; e Ney Novaes, em Professor Jamil. Já no Tocantins, três prefeitos declarados quilombolas foram eleitos, nas cidades de Chapada da Natividade, São Félix do Tocantins e Peixe.

Além dos prefeitos, 262 homens e 72 mulheres quilombolas conseguiram vagas nas câmaras municipais de suas cidades, fortalecendo a representatividade dessas comunidades nos legislativos locais. Essas eleições demonstram a importância de ampliar a participação e o protagonismo das comunidades quilombolas na política brasileira.

Portanto, os resultados eleitorais deste ano servem como um marco na luta por representatividade e igualdade de oportunidades para os quilombolas no cenário político brasileiro. Essas conquistas são fruto de um trabalho árduo e de um processo contínuo de empoderamento dessas comunidades historicamente marginalizadas.

Sair da versão mobile