A denúncia contra Zambelli e Delgatti foi aceita pela Primeira Turma do Supremo em maio deste ano, com a Procuradoria-Geral da República (PGR) alegando que a deputada seria a mente por trás da invasão para elaborar um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Enquanto o hacker Delgatti confessou seu envolvimento, Zambelli defendeu sua inocência, questionando o motivo pelo qual se envolveria em algo do tipo, especialmente considerando que já enfrenta processos no STF por outras questões.
Durante o depoimento, Zambelli foi questionada sobre a presença do mandado falso em seu celular, respondendo que não se recorda de tê-lo recebido e sugerindo que poderia ter sido alvo de invasão ao seu aparelho. Já Delgatti reafirmou suas acusações contra a deputada, afirmando que a invasão teria sido solicitada por ela.
Além disso, Delgatti também trouxe à tona um encontro no Palácio da Alvorada com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no qual teria sido pedido para que assumisse a autoria de um suposto grampo no celular do ministro Moraes. Por conta disso, o hacker foi processado e condenado a dez meses de prisão por injúria.
Vale ressaltar que Delgatti, conhecido como hacker de Araraquara, já foi condenado em primeira instância como parte da Operação Spoofing, que investigou a invasão aos celulares de autoridades, incluindo procuradores e juízes da Lava Jato. A complexidade e gravidade dessas acusações colocam em xeque a integridade e a conduta de figuras públicas como Zambelli e Delgatti, com desdobramentos que certamente continuarão a despertar interesse nos próximos dias.