BRASIL – Ministro do STF autoriza júri popular para ex-policiais acusados do assassinato de Marielle Franco em 2018

No final da tarde desta quinta-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a realização do aguardado julgamento popular que vai decidir o destino dos ex-policiais Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, acusados pelo brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018.

O Tribunal do Júri da Comarca do Rio de Janeiro marcou o início do julgamento para o dia 30 deste mês, com início previsto para as 9h. A decisão de Moraes confirma o agendamento feito em setembro pelo juiz Gustavo Kalil, titular do 4º Tribunal do Júri, que estará à frente da sessão.

A necessidade de autorização do Supremo se deu pelo fato de Lessa e Élcio serem réus em uma ação penal sobre o caso que tramita no tribunal e é de responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes.

O conteúdo explosivo da delação premiada assinada por Ronnie Lessa, que se declarou culpado pelos disparos que vitimaram Marielle e Anderson, inclui a acusação de que o crime teria sido encomendado pelos irmãos Brazão. Por sua vez, Élcio foi apontado como o motorista do veículo utilizado na execução.

Além dos dois ex-policiais, o processo no STF envolve o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, seu irmão, o deputado federal Chiquinho Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e o major da Polícia Militar Ronald Paulo de Alves Pereira, todos eles acusados de participação nos crimes de homicídio e organização criminosa e atualmente detidos.

A sociedade aguarda ansiosamente a realização do julgamento, que promete trazer à tona revelações importantes sobre um dos casos mais emblemáticos e chocantes da história recente do Rio de Janeiro.

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