De acordo com a SES, 288 doadores estão sendo examinados pelo Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), órgão ligado à Secretaria de Saúde. Por questões de sigilo e preservação da identidade dos envolvidos, os detalhes sobre as circunstâncias do ocorrido não foram divulgados. Uma comissão multidisciplinar foi criada para acolher os pacientes afetados e medidas emergenciais foram tomadas para garantir a segurança dos transplantados.
O laboratório privado responsável pelos exames, contratado por licitação pela Fundação Saúde, teve seus serviços suspensos imediatamente após a ciência do caso e foi interditado cautelarmente. Desde então, os exames passaram a ser realizados pelo Hemorio, buscando assegurar a qualidade e confiabilidade dos procedimentos.
Tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária quanto o Ministério da Saúde também estão envolvidos na investigação do caso e atuando para responsabilizar os culpados. O Ministério ressaltou que o Sistema Nacional de Transplantes é reconhecido internacionalmente como um dos mais seguros e transparentes do mundo, com normas rigorosas para proteger doadores e receptores de transplantes.
O Sistema Nacional de Transplantes, garantido pelo Sistema Único de Saúde (SUS), financia a maioria dos transplantes realizados no país, representando cerca de 88% do total. A pasta informou que o sistema possui protocolos específicos para reduzir riscos de transmissão de doenças infecciosas e está constantemente atualizado para acompanhar os avanços médicos e científicos na área de transplantes.