Os resultados da pesquisa revelam que tanto os pais (82%) quanto os adultos sem filhos (72%) concordam com a proibição do uso de celulares nas escolas. A gerente de pesquisa quantitativa do Instituto Locomotiva, Gabrielle Selani, destaca que essa é uma opinião transversal na sociedade, sem divergências significativas entre os diferentes perfis.
O Ministério da Educação também entrou na discussão sobre o tema, anunciando que está elaborando um projeto de lei para proibir o uso de celulares nas salas de aula. Além disso, a Comissão de Educação da Câmara dos Deputados tem debatido a questão, mostrando a relevância e a urgência do assunto.
A pesquisa também apontou que a maioria dos entrevistados concorda que as crianças de hoje estão cada vez mais distantes das brincadeiras ao ar livre, substituindo esses momentos pelo uso de celular ou para assistir TV. Embora acreditem que a idade ideal para ter o primeiro celular seja a partir dos 13 anos, a maioria dos entrevistados reconhece que os jovens desejam ter um aparelho antes dessa idade.
Entre os efeitos negativos do uso excessivo do celular na infância, os entrevistados apontaram problemas como vício em tecnologia, aumento da ansiedade e depressão, dificuldades de sono, desempenho escolar comprometido, problemas nas relações sociais e exposição ao cyberbullying.
A pesquisa, que entrevistou 1.491 pessoas em todo o país, ressalta a importância de se debater e monitorar não apenas o uso de celulares nas escolas, mas também o tempo e o conteúdo consumido pelas crianças e jovens. A gerente de pesquisa do Instituto Locomotiva destaca a necessidade de legislações inclusivas e que considerem o impacto do uso descontrolado de telas na sociedade como um todo.
