Os dados foram divulgados no 1º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, apresentado nesta terça-feira (15). Estima-se que a área a ser utilizada nesta safra será de 81,34 milhões de hectares, com um crescimento estimado de 1,9%.
Um destaque do levantamento é a área destinada à produção de arroz, que apresentou um aumento de 9,9% em comparação com o ciclo anterior. Todas as regiões do país registraram esse aumento, sendo mais significativo no Centro-Oeste (33,5%) e no Sudeste (16,9%).
O presidente da Conab, Edegar Pretto, destacou a parceria entre os produtores e o governo federal como um fator determinante para o crescimento da produção de arroz. Segundo ele, o Brasil está prestes a voltar ao patamar das maiores safras de arroz de sua história, graças ao trabalho conjunto que contempla pequenos, médios e grandes produtores.
Além do arroz, a Conab também prevê um aumento na área semeada para a produção de feijão. A produção total de feijão no país, considerando os três ciclos de cultivo, deve chegar a 3,26 milhões de toneladas, um aumento de 0,5% em relação à safra anterior.
Para a soja, milho e algodão, as projeções também são positivas. A área destinada ao cultivo de soja deve registrar um aumento de 2,8%, com uma produção estimada em 166,05 milhões de toneladas. Já a expectativa para o milho é de uma recuperação de 3,5% na safra, com uma colheita total estimada em 119,74 milhões de toneladas. Quanto ao algodão, a previsão é de um crescimento de 2,9% na área semeada, com uma produção estimada em 3,67 milhões de toneladas.
No entanto, a previsão de uma produção recorde de trigo não se confirmou devido às condições climáticas desfavoráveis em importantes regiões produtoras, como o Paraná. Isso resultou na redução da previsão da safra de trigo para 8,26 milhões de toneladas.
Com o aumento da oferta interna de arroz, a tendência é de queda nos preços do produto. No entanto, a Conab acredita que a rentabilidade do produtor deve se manter estável devido ao aumento das exportações, estimadas em 2 milhões de toneladas. Além disso, as projeções apontam para um aumento nas exportações de milho e soja, impulsionadas pelo bom desempenho do mercado exportador de proteína animal e pela demanda mundial, especialmente da China.
Em resumo, o cenário para a safra de grãos no Brasil é bastante positivo, com expectativas de recordes de produção e exportação, mesmo diante de desafios climáticos e geopolíticos enfrentados no cenário global. A parceria entre produtores e o governo federal é destacada como fundamental para impulsionar o setor agrícola do país.