A decisão de paralisação dos trabalhadores foi tomada após 16 rodadas de negociação em que, segundo o presidente do Sinpaf, Marcus Vinícius Vidal, a empresa se mostrou inflexível e impositiva. Vidal afirmou que a paralisação é uma forma de chamar a atenção da Embrapa e da sociedade para as injustiças enfrentadas pelos trabalhadores e garantir seus direitos.
Além do reajuste salarial, os trabalhadores reivindicam a implementação de políticas de combate ao assédio moral e sexual, proteção a gestantes e lactantes terceirizadas em ambientes insalubres e concessão de créditos para técnicos e assistentes em publicações científicas. Eles também demandam o Adicional de Escolaridade para Técnicos e Assistentes como reconhecimento pelo esforço na qualificação.
A Embrapa, por sua vez, respeita a decisão dos trabalhadores, mas destaca que a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024/2026 apresentada pela empresa foi negada pela Comissão de Negociação do sindicato em mesa de diálogo, encerrando assim as negociações com o Governo Federal. A empresa afirma que o ACT atual permanecerá em vigor até 31 de outubro e aplicará o que está previsto em normas e leis após essa data, enquanto não houver acordo.
A paralisação nas diferentes unidades da Embrapa incluiu distribuição de bananas e morangos como forma de protesto, roda de conversa, doação de sangue e café da manhã. A Embrapa, como empresa pública vinculada ao Ministério da Agricultura e Pecuária, desempenha um papel fundamental no desenvolvimento agropecuário do Brasil, sendo responsável por coordenar atividades de pesquisa e formulação de políticas agrícolas em todo o país.
Os trabalhadores permanecem mobilizados em busca de valorização, melhores condições de trabalho e respeito aos seus direitos, aguardando a retomada das negociações para chegar a um acordo satisfatório para ambas as partes.