Questões machistas são anuladas em prova de concurso público da Prefeitura de Macaé, causando indignação e discussão nas redes sociais.

No último domingo (13), a prova de concurso público da Prefeitura de Macaé (RJ) gerou polêmica devido a duas questões consideradas machistas. As perguntas, que faziam parte do exame de Língua Portuguesa para cargos de professor e foram elaboradas pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), provocaram revolta na população e discussão nas redes sociais.

Uma das questões pedia que os candidatos identificassem uma frase que não criticasse o fato de a mulher falar demais, incluindo opções como “A língua da mulher não cala nem depois de cortada” e “Há mil invenções para fazer as mulheres falarem, e nem uma só para as fazer calar”. A outra questão propunha a identificação de sentenças de comparação, trazendo frases como “A mulher é como um defeito de natureza” e “as mulheres são como robôs: têm no cérebro uma célula de menos e, no coração, uma célula a mais”.

Diante da repercussão negativa, a Prefeitura de Macaé manifestou seu repúdio ao conteúdo, classificando-o como “ofensivo” e ressaltando que as questões das provas não são de responsabilidade do município, mas sim da FGV. Por sua vez, a Fundação Getúlio Vargas emitiu um comunicado anunciando a anulação das questões e garantindo que a pontuação seria atribuída a todos os candidatos.

A polêmica levantou debates sobre a importância da revisão e seleção criteriosa de questões em concursos públicos, a fim de evitar a reprodução de estereótipos e discursos preconceituosos. A repercussão do caso evidenciou a sensibilidade da sociedade em relação às questões de gênero e à igualdade de direitos, demonstrando a necessidade de atenção e cuidado na formulação de provas e avaliações.

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