Durante o evento, que ocorreu no Palácio do Planalto, o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, explicou que os pequenos e médios produtores interessados em produzir arroz poderão assinar contratos de opção com o governo federal, garantindo a compra da produção a um preço pré-estabelecido. Os parâmetros dos contratos foram estabelecidos em colaboração com os ministérios da Fazenda e da Agricultura.
O Programa Arroz da Gente faz parte do Plano Nacional de Abastecimento Alimentar (Planaab), chamado de Alimento no Prato. Esta é uma resposta do governo após o fracasso do leilão para a compra de arroz importado, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em maio e posteriormente anulado devido a denúncias de irregularidades. A iniciativa também busca estabilizar os preços do produto no mercado interno, que sofreram altas significativas após inundações no Rio Grande do Sul.
Além disso, o presidente reafirmou o compromisso de retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2026, destacando a importância do combate à fome como uma escolha política dos governantes. O lançamento do Programa Arroz da Gente coincide com a celebração do Dia Mundial da Alimentação, em 16 de outubro, e faz parte de um conjunto de ações voltadas para a segurança alimentar e o incentivo à produção orgânica no país.
Dentro desse contexto, o governo também apresentou o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo), que contém iniciativas para fortalecer as cadeias produtivas de produtos orgânicos e agroecológicos, promovendo a sustentabilidade e conservação ambiental. Com investimentos previstos de R$ 6 bilhões em crédito para a produção agroecológica no âmbito do Pronaf, o Planapo visa incentivar a transição para práticas mais sustentáveis na agricultura.