Além de Cleber de Oliveira dos Santos, as autoridades também prenderam Walter Vieira, um dos sócios do laboratório PCS Lab Saleme, Ivanilson Fernandes dos Santos, outro técnico do laboratório, e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, funcionária da instituição. O laboratório foi responsável por emitir laudos errados para HIV, resultando na infecção de seis pacientes durante transplantes de órgãos no estado.
Após a confirmação dos casos de infecção, o PCS Lab Saleme foi interditado pela Vigilância Sanitária local, com apoio técnico da Anvisa, visando garantir a segurança dos transplantes. Novos exames pré-transplante estão sendo realizados no Hemorio.
O caso é considerado grave pela Secretaria de Estado de Saúde e pelo Ministério da Saúde, sendo descrito como sem precedentes. Diversos órgãos e entidades, como Anvisa, vigilâncias sanitárias estadual e municipal, e o Sistema Nacional de Transplantes, estão coordenando esforços para investigar a situação.
É importante ressaltar que o laboratório possui histórico de contratos com a Fundação Saúde, ligada à Secretaria Estadual de Saúde. Além disso, foi revelado que entre os sócios da instituição estão familiares do deputado federal Dr. Luizinho, que ocupou o cargo de secretário estadual de Saúde em 2023. O parlamentar, por sua vez, negou qualquer envolvimento na escolha do laboratório em questão.
A Agência Brasil tentou contato com a defesa de Cleber de Oliveira dos Santos, aguardando posicionamento do mesmo para possível inclusão na reportagem. O desenrolar dessa investigação promete trazer à tona mais detalhes sobre esse caso chocante e sem precedentes no Rio de Janeiro.