BRASIL – Absolvidos os sete policiais acusados da morte do dançarino Douglas Rafael em operação da UPP no Rio de Janeiro

Os sete policiais militares acusados da participação na morte do dançarino Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, foram absolvidos pelo Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Juri do Rio. O crime ocorreu em 22 de abril de 2014, na comunidade do Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, durante uma operação da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP).

O militar Walter Saldanha Correa Junior, apontado como autor do disparo que matou DG, foi inocentado do crime. Em seu depoimento, Walter afirmou que efetuou os disparos de arma de fogo contra o dançarino de forma consciente e voluntária, causando-lhe um ferimento fatal nas costas. O Ministério Público estadual alegou que o homicídio foi cometido por motivo torpe, já que a vítima estava desarmada e não representava ameaça à segurança do policial.

Após sua prisão em 2014, Walter Saldanha aguardou o julgamento em liberdade mediante um habeas corpus concedido pela defesa em 2015. Além dele, os outros seis policiais militares da UPP que participavam da operação foram absolvidos da acusação de falso testemunho pelo corpo de jurados formado por sete pessoas da sociedade.

A juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis, titular do 1º Tribunal do Júri, afirmou em sua sentença que os jurados decidiram pela absolvição unânime dos acusados de todas as imputações. Douglas, conhecido por seu trabalho no programa “Esquenta” da Rede Globo, foi morto em circunstâncias que geraram protestos na época do crime.

A absolvição dos policiais militares levantou debates sobre a atuação das forças de segurança nas comunidades pacificadas do Rio de Janeiro e a necessidade de se garantir a transparência e a responsabilização em casos de violência policial. O caso de Douglas Rafael da Silva Pereira, o DG, continua a provocar reflexões sobre a eficácia das políticas de pacificação e segurança pública nas áreas mais vulneráveis da cidade.

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