Na manhã do dia 17, a Defensoria Pública informou à imprensa que os clubes não cumpriram o prazo estabelecido e que a instituição irá reiterar a solicitação. A solicitação partiu da Coordenação de Infância e Juventude (CoInfância) e do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da DPRJ, embasada nas leis 8.069/90 e 8.078/90, além da resolução 163 do Conanda, que regulamentam a publicidade de produtos destinados a crianças e adolescentes.
Os quatro clubes cariocas têm casas de apostas como patrocinadoras principais, o que tem despertado atenção devido ao grande impacto econômico e comportamental que elas geram. A DPRJ destacou em seu documento a necessidade de respeitar as normas que proíbem a publicidade de artigos de apostas em produtos destinados a menores de 18 anos.
Além disso, a atuação das casas de apostas tem enfrentado escrutínio público nos últimos meses, com estudos indicando que a prática está comprometendo o orçamento familiar de classes mais vulneráveis, como D e E. O Presidente Lula da Silva chegou a mencionar a possibilidade de acabar com o mercado das apostas caso a regulação não seja suficiente para proteger a população.
A reportagem entrou em contato com os clubes para obter uma resposta em relação à solicitação da Defensoria Pública. O Botafogo declarou que a questão deve ser esclarecida com a Sociedade Anônima do Futebol (SAF) Botafogo, gestora do futebol do clube. Os demais clubes não se pronunciaram até o momento. A DPRJ afirmou que os ofícios foram enviados aos clubes e que cabe a eles repassarem à SAF, no caso do Vasco da Gama, por exemplo, que tem sua gestão ligada a uma empresa SAF.