Anualmente, a Agência reguladora revisa a composição das cepas das vacinas contra a influenza de acordo com as recomendações da OMS para o Hemisfério Sul. O objetivo é aprimorar a eficácia da imunização contra gripes e resfriados, minimizando as internações e óbitos relacionados à gripe devido às variações constantes das cepas em circulação.
Durante a 20ª Reunião Ordinária Pública da Diretoria Colegiada da Anvisa, Meiruze Freitas, da segunda diretoria da agência, ressaltou a importância da atualização regulatória para garantir que o Brasil esteja preparado para enfrentar os desafios apresentados pela influenza. O foco principal é oferecer vacinas que atendam às demandas regionais e globais, visando a proteção da saúde pública.
As novas formulações das vacinas contra influenza englobam os tipos trivalente, quadrivalente e aquele que não utiliza a proteína do ovo de galinha na produção. As definições das vacinas para o ano de 2025 já estão disponíveis no site da Anvisa.
Pela primeira vez, os diretores da Anvisa atualizaram a Resolução da Diretoria Colegiada que regula a composição das vacinas influenza sazonais no Brasil, com o intuito de permitir o uso de vacinas adequadas às recomendações do Hemisfério Norte de forma excepcional. Essa permissão abrange tanto os imunizantes comercializados no próximo ano quanto aqueles utilizados na campanha de vacinação conduzida pelo Ministério da Saúde, conforme o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
A diretora Meiruze Freitas salientou a relevância de uma estratégia flexível de vacinação para garantir o acesso a imunizantes eficazes e seguros, especialmente considerando as condições climáticas e epidemiológicas das diversas regiões do Brasil. A Região Norte, por exemplo, possui um padrão climático distinto das demais regiões, sendo necessário um planejamento específico para lidar com as peculiaridades do inverno amazônico. Desde 2023, o Ministério da Saúde ajustou a estratégia de imunização local para atender melhor às demandas dessa região.
Em 2025, as vacinas de influenza seguirão as recomendações da OMS para o Hemisfério Norte, temporada 2024/2025, contemplando os tipos trivalente, quadrivalente e as vacinas não baseadas em ovos.
A Campanha de Vacinação contra a Influenza do Ministério da Saúde deste ano teve como foco grupos de risco, como idosos, gestantes, crianças, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades, dentre outros. A pasta destaca a importância da vacinação contra a gripe não apenas para a proteção individual, mas também para a redução da sobrecarga nos sistemas de saúde, especialmente diante da conjuntura atual com a circulação de outras doenças respiratórias.
