Segundo o professor André Felipe Rosa, especialista em Ciências Políticas, a geração Z está trazendo um novo fôlego para a política nacional, com um forte apelo por mudanças estruturais e pautas globais, como meio ambiente, desenvolvimento sustentável e ética na política. Esses jovens buscam romper com o status quo, almejando uma transformação social e renovação política, diferenciando-se das gerações anteriores que se preocupavam mais com questões de macroeconomia.
O aumento da participação eleitoral dos jovens também foi notável, com um crescimento de 78% na emissão de títulos em relação ao ano anterior, impulsionado principalmente pelas redes sociais. Plataformas como Instagram e TikTok se tornaram essenciais para engajar os novos eleitores em discussões políticas, desmistificando a ideia de que política é um assunto distante ou irrelevante para esse público.
Contudo, a adaptação das estratégias de comunicação dos candidatos para conquistar esse eleitorado diverso não está isenta de críticas. A utilização de memes, vídeos curtos e cortes humorísticos levantou debates sobre os limites éticos das campanhas, com acusações infundadas e ataques pessoais sendo questionados em relação à autenticidade e respeito aos valores defendidos pelos jovens eleitores.
O papel das redes sociais na formação da opinião política dos jovens e das mulheres é inegável, embora represente um desafio em relação à formação de bolhas de opinião. Por isso, investir em conteúdos direcionados e campanhas de impulsionamento é fundamental para quebrar barreiras informativas e promover um diálogo político mais inclusivo.
À medida que o 2º turno das Eleições Municipais se aproxima, compreender a dinâmica e valores desse eleitorado se torna essencial para moldar o futuro político do país. As campanhas que conseguirem se conectar de maneira autêntica e coerente com os jovens e mulheres eleitores estarão não apenas influenciando o resultado imediato nas urnas, mas também definindo os rumos da política brasileira nos próximos anos.