Nesse contexto, a detecção precoce não apenas aumenta as chances de cura, mas também permite um tratamento menos invasivo, muitas vezes dispensando a necessidade de quimioterapia. A campanha busca, ainda, desmistificar a doença e incentivar mulheres com mais de 40 anos e histórico familiar a buscar ativamente exames de rotina.
Dados da pesquisa “Câncer de Mama no Brasil: Desafios e Direitos” reforçam a importância da mamografia anual para mulheres acima de 40 anos, tendo em vista que metade das mulheres nessa faixa etária não realizaram o exame nos últimos 18 meses, revelando uma lacuna na prevenção da doença.
Para o oncologista Divaldo Alencar, a prevenção do câncer de mama passa por hábitos saudáveis, como a prática de atividade física regular, a manutenção do peso adequado e a cessação do tabagismo. Além disso, é fundamental realizar exames de imagem recomendados, como a ultrassonografia das mamas, juntamente com a mamografia.
Os fatores de risco associados ao câncer de mama incluem questões hormonais, comportamentais, ambientais e hereditárias, sendo a idade um fator significativo. Mulheres acima de 50 anos apresentam maior risco de desenvolver a doença, enquanto alguns fatores hormonais também merecem destaque, como a idade da primeira menstruação e a idade da primeira gravidez.
Divaldo Alencar ressalta a importância de estar atento aos sinais de alerta, como alterações na forma e simetria das mamas, aumento de volume, mudanças na aparência da pele e presença de nódulos ou caroços nas mamas ou axilas. Caso algum desses sintomas apareça, é fundamental procurar uma unidade especializada o mais rápido possível.
Pacientes como Ivanilda Teixeira, que descobriu uma neoplasia de mama em 2016, destacam a importância do acompanhamento multidisciplinar durante o tratamento, que inclui suporte emocional, fisioterapia e cuidados psicológicos. A experiência de Ivanilda ressalta a importância da resiliência e do acompanhamento médico regular para garantir qualidade de vida e superar as adversidades da doença.
Para desmistificar mitos sobre o câncer de mama, o oncologista listou informações importantes, como o fato de que nem todos os cânceres são hereditários e que a biópsia não representa um risco de disseminação da doença. A divulgação dessas informações é crucial para combater a desinformação e incentivar a prevenção eficaz do câncer de mama.
Em suma, o Outubro Rosa não se resume apenas a um mês de conscientização, mas sim a um movimento contínuo para lembrar a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do apoio multidisciplinar a todas as mulheres enfrentando o desafio do câncer de mama. Através da informação e do apoio especializado, é possível reduzir os impactos da doença e promover uma melhor qualidade de vida para as pacientes.
