A diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial, Paula Balduíno, anunciou durante a sessão ordinária do Conselho Permanente da OEA que a proposta comum ao Brasil e à Colômbia busca o reconhecimento dos povos afrodescendentes na implementação da convenção da diversidade biológica.
Durante a COP da biodiversidade, que se originou a partir da ECO-92, uma conferência da ONU realizada no Rio de Janeiro, foram estabelecidas metas para deter e reverter a perda de biodiversidade até 2023. Essas metas visam também conservar a natureza de forma sustentável, garantindo a distribuição justa dos benefícios do uso de recursos genéticos.
O programa denominado Quilombo das Américas, criado pelos governos do Brasil e da Colômbia, tem como objetivo fortalecer a identidade, a memória e a luta das comunidades afrodescendentes. Além disso, busca promover o reconhecimento dos direitos dessas comunidades, a preservação de suas culturas e a justiça social e racial.
O lançamento dessa iniciativa está previsto para ocorrer em Cali e contará com a presença da ministra da Igualdade Racial do Brasil, Anielle Franco, e da vice-presidente colombiana Francia Marquez.
O programa também pretende criar um espaço de articulação e cooperação entre as comunidades afrodescendentes do Brasil e da Colômbia, buscando assim garantir a preservação dessas culturas e o reconhecimento de seus direitos. A iniciativa faz parte dos esforços internacionais em prol da proteção da biodiversidade e da promoção da justiça racial e social.