BRASIL – Ministro brasileiro Mauro Vieira liderará delegação na cúpula dos Brics em Kazan, após presidente Lula sofrer acidente doméstico

O Brasil será representado na cúpula dos Brics em Kazan, na Rússia, pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sofrer um acidente doméstico. Os médicos aconselharam Lula a evitar viagens longas por precaução, então ele continuará suas atividades em Brasília e participará da reunião por videoconferência.

A Rússia, que preside o grupo neste ano, divulgou que 32 países confirmaram presença na cúpula, incluindo 23 chefes de Estado. Apenas Brasil e Arábia Saudita não enviarão seus presidentes, sendo representados por seus ministros das Relações Exteriores.

Essa será a primeira vez que os novos membros plenos do bloco participarão da cúpula. O Brics agora conta com Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito e Etiópia, além dos membros originais: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Há também a expectativa de novos parceiros serem anunciados como membros associados.

Durante o encontro, os países membros discutirão medidas para reduzir a dependência do dólar no comércio entre eles, bem como o fortalecimento de instituições financeiras alternativas ao FMI e Banco Mundial, controlados majoritariamente por potências ocidentais.

Especialistas acreditam que o Brics tem um papel fundamental em contornar as barreiras impostas pelos Estados Unidos e aliados, principalmente em relação ao avanço comercial e tecnológico da China. Países como Irã e Rússia, que enfrentam bloqueios econômicos, veem no bloco uma forma de contornar as sanções e garantir sustentabilidade financeira.

Com aproximadamente 36% do PIB global e 42% da população mundial, os Brics se destacam como um grupo relevante no cenário econômico internacional, desafiando o G7 em termos de poder econômico e político. O Brasil, como membro desse bloco, busca equilibrar suas relações tanto com os países do Brics quanto com os países ocidentais, visando benefícios comerciais e tecnológicos para a nação.

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