Esse desempenho também foi o melhor para o acumulado de janeiro a setembro, com a arrecadação alcançando R$ 1,93 trilhão, um acréscimo de 9,68% após correção pelo IPCA. De acordo com o chefe do Centro de Estudos Tributários e Aduaneiros da Receita Federal, Claudemir Malaquias, o aumento expressivo na arrecadação em setembro se deve, em parte, aos indicadores macroeconômicos favoráveis, refletindo o impulso da atividade econômica.
Além disso, fatores atípicos contribuíram para o resultado positivo, como a situação de calamidade no Rio Grande do Sul, que levou à prorrogação dos prazos para o recolhimento de tributos em alguns municípios gaúchos. Também houve impacto da reoneração das alíquotas do PIS/Cofins sobre combustíveis e da tributação dos fundos exclusivos, que impulsionaram a arrecadação.
Outro destaque foi a atualização de bens e direitos no exterior, que resultou em uma arrecadação de R$ 7,67 bilhões somente com a regularização. A tributação dos fundos de investimentos fechados e dos lucros e dividendos de empresas controladas no exterior também contribuiu para o aumento na arrecadação.
No que diz respeito aos indicadores macroeconômicos, a Receita Federal apontou um cenário positivo, com crescimento na venda de bens e serviços e na produção industrial, além de um aumento na massa salarial. Esses fatores foram fundamentais para impulsionar a arrecadação no mês de setembro e no acumulado do ano.
Com um desempenho robusto e influenciado por diversos fatores, a arrecadação da União demonstra a recuperação da economia e a eficácia das medidas adotadas para impulsionar a receita federal. Esses resultados positivos são essenciais para o equilíbrio das contas públicas e o desenvolvimento sustentável do país.