BRASIL – Ministro da Fazenda rebate críticas do FMI sobre estímulo fiscal e destaca recorde de arrecadação em setembro

A arrecadação federal atingiu um recorde em setembro, alcançando o valor de R$ 203,17 bilhões, segundo informações divulgadas pela Receita Federal. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, atribui esse resultado principalmente à recomposição da base fiscal, que inclui medidas como o fim de auxílios a camadas mais privilegiadas da população e a taxação de empresas offshore.

Em visita a Washington, Haddad aproveitou para rebater as alegações do Fundo Monetário Internacional (FMI) de que o crescimento econômico do país estaria sendo impulsionado por estímulos fiscais. Segundo ele, o aumento das receitas provenientes da arrecadação será fundamental para cumprir a meta de déficit primário zero, enquanto o governo trabalha para controlar os gastos.

O ministro destacou que, além de restringir as despesas, o país busca continuar promovendo um crescimento econômico sustentável, com a perspectiva de que o Produto Interno Bruto (PIB) continue acima dos 2,5%. As projeções do FMI para o crescimento econômico do Brasil foram revisadas, passando de 2,1% para 3% em 2024, mas diminuindo para 2,2% em 2025.

Durante sua estadia em Washington, Haddad e sua equipe econômica participarão da reunião anual do FMI e do Banco Mundial, além de encontros com representantes de outros países do G20. A viagem também teve uma mudança de agenda inesperada, com um encontro com o Conselho Econômico da Casa Branca, onde foram discutidas as relações bilaterais e pautas do G20, incluindo a proposta brasileira de taxar os rendimentos dos super-ricos.

Como parte de sua agenda na capital dos Estados Unidos, Haddad e sua equipe tiveram que cancelar uma reunião agendada com a agência de classificação de risco Fitch, devido ao compromisso na Casa Branca. No entanto, a reunião com a Casa Branca foi vista como positiva, fortalecendo as relações estabelecidas entre Brasil e Estados Unidos.

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