BRASIL – Brasil só alcançará superávit primário a partir de 2027, prevê FMI em novo relatório divulgado em Washington

O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou recentemente o boletim Monitor Fiscal, no qual prevê que o Brasil só alcançará o superávit primário a partir de 2027, mesmo com os esforços do governo federal para elevar a arrecadação. De acordo com o FMI, o superávit primário representa a economia de recursos do governo para pagar os juros da dívida pública, e as metas oficiais do governo brasileiro de obter déficit zero em 2024 e 2025, com uma margem de tolerância de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), não serão alcançadas.

Segundo as projeções do FMI, o governo brasileiro terá um déficit primário de 0,5% do PIB em 2024, de 0,7% do PIB em 2025 e de 0,6% em 2026. Somente em 2027 o país obteria um superávit primário de 0,1% do PIB. Esses números representam uma piora em relação às estimativas anteriores, que indicavam um déficit de 0,6% do PIB em 2024, com uma leve melhora em relação à nova previsão, mas com projeções mais pessimistas para os anos seguintes.

Além disso, o FMI também piorou as projeções para o endividamento público do Brasil. Estima-se que a dívida pública bruta aumentará para 87,6% do PIB em 2024, atingindo 92% do PIB em 2025 e chegando a 97,6% do PIB em 2029. Esses números colocam o Brasil em sexto lugar em um grupo de 38 países emergentes em relação ao tamanho da dívida pública, atrás de países como Bahrein, Ucrânia, Argentina, Egito e China.

Diante desse cenário, o FMI recomendou a urgência de medidas de ajuste nos países mais endividados, incluindo o Brasil, o Egito e o Quirguistão. A implementação de medidas de aumento da arrecadação, racionalização de isenções fiscais e financiamento do desenvolvimento sustentável foram algumas das sugestões apontadas pelo Fundo Monetário para lidar com a situação econômica desses países.

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