A decisão de dar andamento ao acordo ocorreu após uma reunião entre os presidentes do Supremo, Luís Roberto Barroso, da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, juntamente com o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o ministro do STF Flávio Dino, relator do caso em questão. Após a finalização do acordo, caberá a Flávio Dino avaliar as cláusulas e submetê-las ao plenário do STF para votação, sem um prazo definido para essa deliberação.
A controvérsia em torno das emendas parlamentares iniciou-se em dezembro de 2022, quando o STF declarou como inconstitucionais as emendas denominadas de RP 8 e RP 9. Em resposta a essa decisão, o Congresso Nacional aprovou uma resolução alterando as regras de distribuição de recursos por emendas de relator, porém o Psol, partido autora da ação contra as emendas, apontou que a determinação continuava sendo desrespeitada.
Após a aposentadoria da ministra Rosa Weber, Flávio Dino assumiu a relatoria do caso e, em agosto deste ano, determinou a suspensão das emendas, estabelecendo critérios de rastreabilidade para os repasses. Além disso, o ministro exigiu que a Controladoria-Geral da União realizasse uma auditoria nos repasses feitos pelos parlamentares por meio das emendas do orçamento secreto.