Em relação ao pacote de corte de gastos obrigatórios previsto para ser anunciado em novembro, Haddad não divulgou detalhes, mas destacou que as medidas em estudo são essenciais para reforçar os parâmetros do arcabouço fiscal, como o limite de gastos e as metas de déficit primário. O ministro ressaltou a importância de garantir a credibilidade dos parâmetros do arcabouço fiscal para os agentes econômicos, investidores e cidadãos em geral.
Por sua vez, o presidente do BC enfatizou a importância das medidas fiscais para acalmar as preocupações do mercado financeiro em relação às contas públicas. Ele mencionou que o dólar tem subido e a bolsa tem caído nos últimos meses, devido também à desconfiança dos investidores em relação ao cumprimento do arcabouço fiscal. Campos Neto declarou que serão feitos anúncios no curto prazo para lidar com essas questões fiscais e minimizar a reação do mercado.
Haddad e Campos Neto estão participando de reuniões do FMI e do Banco Mundial em Washington, além de presidirem a 4ª reunião da trilha de finanças do G20, do qual o Brasil ocupa a presidência até novembro. No comunicado final do encontro, os países do G20 expressaram otimismo em relação à desaceleração econômica na maioria dos países após a recuperação pós-pandemia, mas ressaltaram desafios como o combate ao protecionismo de economias avançadas que prejudicam a recuperação de países mais pobres.
