No dia 27 de outubro de 1892, nasceu em Quebrangulo, Alagoas, Graciliano Ramos de Oliveira, um dos maiores escritores da literatura brasileira e um ícone do modernismo no país. Com uma vida marcada por alternâncias entre o Nordeste e o Rio de Janeiro, Graciliano Ramos se destacou não apenas como escritor, mas também como jornalista e político.
Conhecido por suas obras que retratam a vida no sertão nordestino, Graciliano Ramos sempre teve uma profunda conexão com as questões sociais e culturais da região em que nasceu. Enfrentando desde cedo as adversidades da pobreza e da seca, o autor se tornou um dos grandes mestres da literatura brasileira.
Seu livro “Graciliano Ramos em Viçosa”, disponível na livraria da Imprensa Oficial, explora os primeiros anos de sua vida, entre 1899 e 1910, quando viveu em Viçosa. Escrito por Sidney Wanderley e Júlia Cunha, a obra aborda suas primeiras leituras, influências e experiências marcantes.
Com obras como “Caetés” (1933) e “Vidas Secas” (1938), Graciliano Ramos consolidou sua reputação como um dos grandes escritores brasileiros. “Vidas Secas”, em especial, aborda a vida de uma família de retirantes, explorando temas como opressão e luta pela sobrevivência.
Em seus últimos anos, Graciliano Ramos lançou “Memórias do Cárcere”, uma obra que retrata suas experiências na prisão durante o governo de Getúlio Vargas. O autor destaca as condições desumanas do cárcere e as injustiças enfrentadas pelos prisioneiros, deixando um impacto duradouro com suas palavras.
O legado de Graciliano Ramos transcende gerações, tornando-se essencial para entender as particularidades do Brasil e do povo nordestino. Suas obras continuam servindo como porta de entrada para debates sobre a condição social e humana, mantendo viva a memória de um dos maiores talentos da literatura nacional.