Os pesquisadores do Geni analisaram as operações policiais com base em três critérios: se houve prisões ou vítimas, se houve apreensão de armas e drogas ou recuperação de bens, e quais foram as motivações por trás dessas ações. As operações mais bem avaliadas foram aquelas que resultaram em prisões e apreensões, sem nenhum morto ou ferido, e que tiveram como motivação o cumprimento de mandados judiciais ou atendimento a demandas urgentes da população.
Essas operações foram classificadas com notas de +14 ou +15, consideradas eficientes. Já aquelas com notas entre +11 e +13,5 foram consideradas razoavelmente eficientes. No entanto, 8,9% das operações foram consideradas desastrosas, com uma eficiência ínfima, causando mais transtornos do que resultados positivos.
Recentemente, uma operação policial no complexo de favelas de Israel, na zona norte da cidade, provocou indignação e críticas após seis civis serem baleados, resultando em três mortes. A ação, que visava reprimir os roubos de veículos e cargas na região, teve que ser suspensa devido ao desastre causado.
Diante desse cenário preocupante, o governo do Rio de Janeiro decidiu reforçar o policiamento na Avenida Brasil e nas principais vias de acesso da região. O governador Cláudio Castro, após uma reunião com a cúpula da segurança pública, determinou o aumento do efetivo policial com viaturas, motopatrulhas e helicópteros para garantir a segurança dos cidadãos que transitam e vivem nessas áreas.
Segundo o pesquisador Daniel Hirata, as operações policiais se tornaram rotineiras e ineficientes, refletindo a disfuncionalidade da segurança pública no Rio de Janeiro. É essencial repensar a estratégia de segurança e implementar um sistema de controle eficaz para garantir melhores resultados e proteção à população.