No dia 1º de maio deste ano, a sargento Maria Aparecida, com mais de 22 anos de serviço na Polícia Militar de Alagoas (PM-AL), vivenciou um dos momentos mais marcantes de sua carreira. Durante um patrulhamento rotineiro em Palmeira dos Índios, foi informada sobre um possível caso de estupro envolvendo uma criança de sete anos como vítima e um autor de 63 anos.
Esse episódio não foi o único registrado na região. Segundo dados da PM-AL, em nove meses deste ano foram registrados 73 casos de estupro em todo o estado, sendo que 12 deles ocorreram somente em setembro. Esses números representam uma queda em relação aos anos anteriores, quando foram contabilizados 111 casos em 2022 e 107 em 2023.
A presença feminina na polícia tem se mostrado fundamental em casos como esse, pois aproxima a vítima da autoridade policial, trazendo segurança e liberdade para se comunicar sobre um assunto delicado. A integração das forças de segurança nos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisps) também tem facilitado e agilizado a prisão de suspeitos.
É importante ressaltar que denunciar é fundamental para combater a violência. Canais como o Disque-Denúncia (181) e o serviço de emergência 190 estão disponíveis para auxiliar vítimas e testemunhas. A coragem e a persistência da mãe da vítima em buscar ajuda foram elogiadas pela sargento Aparecida, que alertou para a necessidade de ampla divulgação sobre a violência sexual e a importância de agir diante de casos de estupro.
Os números alarmantes de casos de estupro em Alagoas colocam em evidência a urgência de medidas preventivas e de proteção às vítimas. A atuação da PM no combate a esse crime tem sido fundamental, mas é necessário um esforço conjunto da sociedade e das autoridades para garantir a segurança e a integridade de todos. A informação e a denúncia são armas poderosas nessa luta contra a violência.