A UNRWA é uma agência humanitária fundamental que atua na região há 70 anos, oferecendo educação, saúde e assistência social e humanitária aos refugiados palestinos. Com a proibição de contato das autoridades israelenses com a agência, principalmente na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, milhares de pessoas serão afetadas.
Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, criticou a decisão do Knesset, alegando que viola a Carta da ONU e as obrigações de Israel com o direito internacional. Ele enfatizou que a medida aumentará o sofrimento dos palestinos, especialmente das crianças, privando mais de 650 mil menores do acesso à educação.
Além disso, Lazzarini ressaltou que os projetos de lei não podem retirar o status de refugiados dos palestinos, protegido por resolução da Assembleia Geral da ONU. Alegou ainda que as acusações de Israel de que a UNRWA colabora com grupos armados palestinos não foram comprovadas, conforme um relatório independente realizado anteriormente.
A decisão de Israel provocou críticas severas de diversos países, como Canadá, Austrália, França, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Reino Unido. Essas nações expressaram preocupação com as consequências devastadoras da proibição do trabalho da UNRWA, enfatizando a importância dos serviços que a agência presta, especialmente em um contexto humanitário já crítico.
Diante da pressão internacional, espera-se que Israel reveja sua decisão e mantenha o apoio necessário para que a UNRWA continue desempenhando suas atividades essenciais na região, atendendo às necessidades dos refugiados palestinos. A tensão gerada por essa medida deve ser acompanhada de perto nos próximos dias para avaliar os desdobramentos dessa controversa decisão do parlamento israelense.