A novidade foi divulgada pela ministra brasileira do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante a apresentação do fundo na última segunda-feira (28). O TFFF propõe oferecer incentivos financeiros inovadores em larga escala para os países em desenvolvimento, com o objetivo de conservar suas florestas tropicais úmidas. O pagamento será baseado em um valor fixo por hectare de floresta conservada ou restaurada, o que simplifica o método de cálculo e monitoramento em comparação com os financiamentos climáticos tradicionais.
As contribuições dos países desenvolvidos para o fundo serão proporcionais às áreas protegidas e terão origem em recursos próprios. Além disso, a iniciativa prevê a possibilidade de pagamentos adicionais por programas de prevenção e combate ao desmatamento, promoção da bioeconomia e proteção dos direitos das comunidades locais e povos indígenas envolvidos na conservação das florestas tropicais.
A ministra de Meio Ambiente da Colômbia, Susana Mohammad, enxerga o TFFF como uma maneira de atribuir valor à natureza sem transformá-la em uma mercadoria. Marina Silva destacou que o fundo não está diretamente vinculado a convenções específicas, mas contribui para o alcance das metas de biodiversidade e climáticas estabelecidas internacionalmente, como as metas de Kunming-Montreal da Convenção de Biodiversidade e as metas do Acordo de Paris.
A proposta do TFFF surgiu de discussões na Cúpula da Amazônia, realizada em Belém, Pará, em agosto de 2023, e foi oficialmente lançada em dezembro do mesmo ano pelo governo brasileiro durante a COP28, nos Emirados Árabes Unidos. Com a adesão desses novos países, o fundo ganha força e se consolida como uma importante ferramenta no combate às crises ambientais atuais.