Ministério Público investiga comercialização de semijoias com metais nocivos à saúde em Maceió, alerta promotor em entrevista.

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MP-AL) está investigando uma denúncia de comercialização de semijoias e bijuterias feitas com metais prejudiciais à saúde em Maceió. De acordo com o promotor de Justiça Max Martins, em entrevista ao programa Fique Alerta nesta terça-feira, 29, a concentração máxima de cádmio e chumbo permitida pelo Inmetro é de 0,01% e 0,03%, respectivamente, para evitar riscos de intoxicação.

Segundo o MP-AL, a investigação está buscando parcerias com órgãos como o Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem) e o Instituto de Metrologia e Qualidade de Alagoas (Imec) para apreender e analisar amostras dos produtos suspeitos. O objetivo é verificar se as semijoias e bijuterias com altos índices de metais pesados estão sendo comercializadas na região.

O promotor alertou para as consequências graves da venda desses produtos, destacando que a presença de metais pesados acima dos limites legais pode causar desde infecções subcutâneas sérias até câncer. Ele ressaltou a dificuldade de detectar a presença desses metais sem o uso de equipamentos específicos, como o espectrômetro fluorescente.

Martins também orientou os consumidores a procurarem estabelecimentos de confiança e com boa reputação na hora de adquirir semijoias e bijuterias, evitando locais de procedência duvidosa. Ele ressaltou que, muitas vezes, a presença desses metais é imperceptível visualmente, o que pode levar as pessoas a comprarem produtos prejudiciais à saúde sem saber.

A comercialização de joias, semijoias e bijuterias com altos índices de cádmio e chumbo é proibida por portaria do Inmetro, visando proteger a saúde dos consumidores. O MP-AL está empenhado em investigar e coibir essa prática ilegal, garantindo a qualidade e segurança dos produtos vendidos no mercado.

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