Antes de entrarem no tribunal, os parentes das vítimas conversaram com a imprensa sobre suas expectativas em relação à condenação dos acusados. Luyara Franco, filha de Marielle, expressou sua dificuldade em participar do julgamento, mas ressaltou a importância da coragem de suas famílias e dos movimentos que os apoiaram desde o início. Ela destacou que verdadeira justiça seria ter sua mãe e Anderson vivos.
Marinete Silva, mãe de Marielle, enfatizou a longa espera por justiça, mencionando que as famílias aguardam há quase sete anos por uma condenação dos responsáveis pelo assassinato. Ágatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes, demonstrou sua emocionada expectativa de que a condenação dos executores seja apenas o primeiro passo para que todos os envolvidos no crime sejam responsabilizados, incluindo os mandantes.
Os supostos mandantes do crime são os irmãos Chiquinho e Domingo Brazão, enquanto o delegado Rivaldo Barbosa é acusado de ter atrapalhado as investigações. Além disso, há outros acusados de terem participado do crime. Ronnie Lessa e Elcio Queiroz, que estão presos em penitenciárias fora do Rio de Janeiro, participam do julgamento por videoconferência.
O Ministério Público do Rio de Janeiro vai solicitar ao Conselho de Sentença do tribunal a condenação máxima, que pode resultar em até 84 anos de prisão para os acusados. Durante a manhã, familiares de outras vítimas da violência fizeram uma manifestação em frente ao tribunal, exigindo justiça para Marielle e Anderson.
Em meio a gritos de “Marielle e Anderson: Justiça!”, os manifestantes, vestidos de preto e segurando girassóis, reforçaram o clamor por justiça e reparação para as famílias das vítimas. O julgamento segue com atenção da sociedade e dos envolvidos, com a esperança de que a verdadeira justiça prevaleça neste caso tão emblemático.