Segundo o economista do Ibre, Matheus Dias, o aumento do índice em outubro foi influenciado pelos efeitos de condições climáticas adversas e pela demanda global por commodities. O impacto foi mais evidente nos preços de bovinos, carne bovina e minério de ferro, produtos de exportação que registraram um aumento expressivo nas exportações. Além disso, a tarifa de eletricidade residencial teve uma alta significativa devido à adoção da bandeira tarifária vermelha de patamar 2. Na construção civil, os preços de materiais, equipamentos e serviços também tiveram um aumento expressivo.
No que diz respeito ao Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), houve um aumento de 1,94% em outubro em relação ao mês anterior. Destaca-se o avanço do subgrupo de alimentos processados, contribuindo para a alta do grupo de Bens Finais. Já no grupo de bens intermediários, embora em menor intensidade que o mês anterior, também foi registrado um aumento. O estágio das matérias-primas brutas apresentou um avanço significativo, influenciado pelo aumento nos preços de itens chave como minério de ferro e soja em grão.
Por fim, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma alta de 0,42% em outubro, impulsionado por cinco das oito classes de despesa que compõem o indicador. Dentro do Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), o aumento foi de 0,67% no mês, com destaque para o acréscimo nos grupos de materiais e equipamentos, serviços e mão de obra. No geral, os indicadores apontam para uma recuperação econômica e uma pressão inflacionária em diversos setores.