BRASIL – Ministra Marina Silva defende indígena Txai Suruí detida em manifestação na COP16 contra PEC 48, em Cali, Colômbia

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fez uma declaração enfática em defesa da ativista indígena Txai Suruí, que foi detida durante uma manifestação na 16ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP16), em Cali, na Colômbia. Em suas palavras, Marina destacou a importância de Txai como uma líder e defensora dos direitos dos povos indígenas, dos direitos das mulheres e dos direitos humanos. A ministra ressaltou que a ativista não é apenas um símbolo, mas uma pessoa que possui uma ação concreta e efetiva na luta por essas causas.

O episódio que resultou na detenção de Txai Suruí ocorreu durante uma manifestação contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 48, que propõe um marco temporal para as terras indígenas no Brasil. O grupo de ativistas brasileiros exibia cartazes e manifestava sua posição contrária à PEC quando foram abordados pelas forças de segurança. O líder guarani Thiago Karai Djekupe relatou nas redes sociais que o grupo foi cercado e sofreu violência física por parte dos policiais, gerando um pedido de socorro diante da situação.

Após o ocorrido, a organização da COP16 entrou em contato com as autoridades brasileiras para se desculpar e devolver as credenciais dos ativistas indígenas. A ministra Marina Silva ressaltou a importância de garantir que episódios semelhantes não ocorram, especialmente considerando que o Brasil sediará a COP30 em 2025, em Belém do Pará. O evento reunirá populações indígenas e outros movimentos, exigindo cuidados especiais para garantir a segurança e a liberdade de manifestação.

Marina destacou a necessidade de respeitar e proteger o direito dos povos indígenas de se manifestarem pacificamente e expressarem suas opiniões. A atitude da ministra em defender a ativista Txai Suruí e os demais indígenas envolvidos na manifestação demonstra o compromisso com a proteção dos direitos humanos e a promoção da diversidade cultural. A COP16, com seus incidentes, serve como alerta para a importância de garantir que eventos futuros sejam realizados de forma segura e inclusiva para todos os participantes.

Sair da versão mobile