BRASIL – Volume elevado de vencimentos de títulos vinculados aos juros básicos faz Dívida Pública Federal cair abaixo de R$7 trilhões em setembro.

A Dívida Pública Federal (DPF) apresentou uma queda significativa no mês de setembro, ficando abaixo dos R$ 7 trilhões. De acordo com os dados divulgados pelo Tesouro Nacional na última quinta-feira (31), a DPF passou de R$ 7,035 trilhões em agosto para R$ 6,948 trilhões no mês seguinte, o que representa uma redução de 1,25%.

Essa queda foi influenciada principalmente pelo alto volume de vencimentos de títulos vinculados aos juros básicos. No entanto, a apropriação de juros também teve um papel importante nesse cenário. Mesmo com o resgate de R$ 126 bilhões em títulos a mais do que a emissão no mês de setembro, a dívida não diminuiu tanto devido à apropriação de R$ 50,03 bilhões em juros.

A Dívida Pública Mobiliária (em títulos) interna (DPMFi) foi a que mais contribuiu para essa redução, apresentando uma queda de 1,13%, passando de R$ 6,716 trilhões em agosto para R$ 6,64 trilhões em setembro. Esse movimento foi impulsionado pelo resgate de títulos, principalmente os corrigidos pela Taxa Selic.

No mercado externo, a Dívida Pública Federal externa (DPFe) também registrou uma queda de 3,71%, passando de R$ 319,17 bilhões em agosto para R$ 307,34 bilhões em setembro. Esse resultado foi influenciado pelo vencimento de títulos brasileiros que circulavam internacionalmente e pela queda de 3,68% do dólar no mês passado.

Apesar da greve no Tesouro Nacional ter impactado a divulgação de alguns dados, a composição da dívida pública apresentou algumas mudanças. A proporção dos papéis vinculados à Taxa Selic caiu, enquanto os títulos prefixados e corrigidos pela inflação tiveram aumento em suas participações.

Em resumo, a queda da DPF em setembro reflete os movimentos no mercado de títulos públicos e a estratégia do governo em relação à gestão da dívida. Esse cenário, aliado aos vencimentos e à apropriação de juros, contribuiu para a redução do estoque da DPF, refletindo também na composição e prazo médio da dívida.

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