Desde o segundo trimestre de 2023, quando 3.823 empresas recorreram à recuperação judicial, o número vem crescendo a cada levantamento trimestral realizado pela consultoria. No segundo trimestre de 2024, eram 4.223 empresas nessa situação. Esse aumento ocorre mesmo diante de dados positivos na geração de empregos e a manutenção do saldo de empresas criadas no país, conforme aponta o painel Mapa de Empresas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
No terceiro trimestre deste ano, 433 empresas entraram em recuperação judicial, enquanto 247 saíram do processo, a maioria retornando à operação normal e uma parte declarando falência. A consultoria RGF destacou que o ritmo de crescimento no número de empresas em recuperação acelerou nesse período, aumentando em 4,4%.
Além disso, a consultoria também apontou a manutenção da tendência de aumento nas recuperações no Rio Grande do Sul, devido ao impacto das cheias locais, e o crescimento de empresas em recuperação em Minas Gerais. Por outro lado, São Paulo, estado com o maior número de empresas ativas no CNPJ, apresentou uma redução no volume de empresas recorrendo à recuperação judicial.
Com a manutenção da taxa Selic em patamares altos, a consultoria prevê um novo aumento nos processos de recuperação nos próximos meses. As empresas com altos endividamentos enfrentam desafios para honrar suas despesas financeiras em um cenário de escassez de crédito.