De acordo com a última edição do boletim Focus, uma pesquisa semanal com analistas de mercado, a expectativa é de que a taxa básica suba 0,5 ponto percentual nesta reunião, atingindo 11,25% ao ano, com projeção de encerrar 2024 em 11,75% ao ano. Na última reunião, em setembro, o Copom justificou o aumento dos juros com base na resiliência da atividade econômica e nas pressões sobre o mercado de trabalho.
A decisão do Copom será anunciada ao final do dia, e a expectativa é grande após um ano com a taxa mantida em 13,75% ao ano, seguido por cortes ao longo do último ano. Nas reuniões de junho e julho, o Copom optou por manter a taxa em 10,5% ao ano, o menor nível desde fevereiro de 2022, mas iniciou a elevação da Selic a partir de julho deste ano.
Em relação à inflação, o Copom sinalizou a necessidade de uma política monetária mais contracionista em sua última ata. Com estimativas de inflação para 2024 acima do teto da meta estabelecida, o IPCA em outubro alcançou 0,44%, influenciado pela bandeira vermelha nas contas de energia e pelo aumento dos preços dos alimentos devido à seca.
A meta de inflação a ser perseguida pelo BC em 2024 é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. A autoridade monetária manteve a previsão de encerramento de 2024 com IPCA em 4,31%, mas o próximo relatório só será divulgado no fim de dezembro, após a alta recente do dólar e os efeitos da seca serem considerados.
A decisão do Copom terá impactos significativos na economia e no cotidiano dos brasileiros, refletindo não apenas nos investimentos e financiamentos, mas também nos preços dos produtos e serviços. Com a incerteza do cenário doméstico e externo, a expectativa pelos resultados do encontro do Copom é alta e pode definir os rumos da economia nos próximos meses.