BRASIL – Aumento de casos de picadas de escorpião preocupa no Brasil; jornalista narra susto com filha de 1 ano picada.

A jornalista Ariane Póvoa, de 40 anos, viveu um momento de angústia nesta semana ao precisar correr com sua filha de 1 ano e 4 meses, Amanda, para o hospital após a menina ser picada por um escorpião em seu berço. Ariane relatou que, inicialmente, não compreendeu o motivo do choro intenso da filha, imaginando que pudesse ser algum desconforto causado pelo nascimento dos dentes. No entanto, ao verificar o braço de Amanda, encontrou o escorpião no berço.

Apesar do susto, a jornalista ressaltou que a picada foi leve e que a filha se recuperou bem, embora ainda sentisse dor no local afetado. Ariane enfrentou dificuldades para encontrar um atendimento pediátrico adequado, mas finalmente conseguiu assistência no Hospital Materno Infantil em Brasília, onde outras três crianças também foram atendidas por picadas de escorpião no mesmo dia.

O incidente ocorreu durante a madrugada e Amanda recebeu alta no final da tarde, sendo orientada a permanecer em observação por seis horas devido ao protocolo. A criança apresentou febre e mal-estar após o ocorrido, e a família acompanha a evolução do quadro com a pediatra.

No Brasil, casos de acidentes com escorpiões têm se tornado cada vez mais frequentes, com mais de 202 mil notificações no ano passado, um aumento significativo em relação ao ano anterior. O Ministério da Saúde registrou 134 mortes decorrentes desses acidentes em 2023, ultrapassando os óbitos por picadas de serpentes.

Os escorpiões, aracnídeos nocivos à saúde humana, estão presentes em diversas regiões do país, sendo o escorpião-amarelo o mais preocupante devido à gravidade do envenenamento. O Sudeste lidera em número de acidentes, seguido pelo Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte. São Paulo, Minas Gerais e Bahia são os estados com mais notificações, enquanto Alagoas possui o maior coeficiente de incidência.

Os dados também revelam que 65,92% dos casos ocorrem em áreas urbanas, com predominância de vítimas pardas entre 20 e 29 anos. A picada mais comum é no pé, sendo a maioria dos acidentes classificados como leves. A letalidade aumenta com o passar do tempo desde o acidente, tornando-se mais alta após 24 horas.

Além de informações sobre os acidentes, o Instituto Butantan compartilha curiosidades sobre os escorpiões, como a capacidade de fluorescência e a reprodução assexuada em algumas espécies. Esses aracnídeos representam um desafio crescente para a saúde pública no Brasil, demandando atenção e medidas preventivas por parte das autoridades e da população.

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