O esquema dos policiais consistia em utilizar uma viatura oficial para se deslocar até os estabelecimentos alvos, onde recolhiam o pagamento de propina de duas maneiras distintas: ou alguém se aproximava do veículo e entregava o dinheiro diretamente aos policiais, ou um dos agentes entrava no estabelecimento para receber a quantia exigida. Os alvos principais dos policiais eram estabelecimentos de reciclagem, ferros-velhos, distribuidores de gás, lojas de material de construção, depósitos de bebidas e até mesmo um mercadinho que fornecia frutas.
A denúncia feita pelo MPRJ aponta que os policiais envolvidos no esquema também recolhiam engradados de cerveja e frutas como parte do pagamento de propina. O pedido de prisão dos 22 agentes foi feito pela própria corregedoria da Polícia Militar, com base em investigações conduzidas pela Delegacia de Polícia Judiciária. Os policiais foram denunciados por corrupção passiva, negativa de obediência e organização criminosa.
Segundo informações do MPRJ, a ação tem como objetivo desarticular a quadrilha de policiais que vinha atuando de forma criminosa na região, prejudicando os comerciantes locais e gerando um clima de insegurança. A operação representa mais um esforço das autoridades na luta contra a corrupção e na defesa da integridade da corporação policial.