Segundo Claudia Costim, ex-diretora de educação do Banco Mundial, crianças e adolescentes ainda não possuem o córtex pré-frontal maduro necessário para regular o uso dos dispositivos eletrônicos. Ela argumenta que o celular deve ser evitado nas escolas, inclusive durante o recreio, pois faz parte do processo de aprendizagem e desenvolvimento social das crianças.
Luciano Meira, especialista em gameficação e psicólogo, concorda com a proibição do celular em sala de aula, porém ressalta a importância de uma estratégia pedagógica adequada. Ele destaca a falta de recursos e políticas de formação docente para utilizar de forma pedagógica os dispositivos móveis. A proibição, na visão de Meira, pode impactar a desigualdade de acesso às tecnologias digitais entre os alunos.
Rossandro Klinjey, psicólogo e palestrante sobre educação emocional, enfatiza a necessidade de controlar o tempo e o uso dos celulares fora da sala de aula. Ele destaca a importância de trazer tecnologias como a inteligência artificial para ensinar de maneira mais pedagógica, orientando os alunos sobre o uso seguro das redes sociais.
Por fim, os especialistas concordam que a formação dos professores é fundamental para integrar de forma eficaz as novas tecnologias, como a inteligência artificial, no ambiente escolar. A regulação e o uso ético dos dados e imagens também são apontados como aspectos essenciais para garantir benefícios positivos no processo educacional.
Diante desse cenário, a proibição do celular em sala de aula emerge como uma medida necessária, porém, seu impacto deve ser acompanhado por políticas públicas e estratégias pedagógicas eficazes para garantir um ambiente de aprendizagem saudável e inclusivo.