BRASIL – Procuradora-geral de SP defende regulação das redes sociais em evento de tecnologia no Recife.

A primeira mulher negra a ocupar o cargo de procuradora-geral do estado de São Paulo, Inês Coimbra, fez uma defesa contundente pela regulamentação das redes sociais no Brasil. Durante sua participação no festival Rec´n´Play, em Recife (PE), a chefe do Ministério Público Estadual destacou a importância de se estabelecer regras para as interações virtuais, uma vez que as relações humanas estão cada vez mais presentes nesse ambiente.

Inês argumentou que as redes sociais não podem ser vistas como um território livre de responsabilidades, onde as pessoas possam se expressar sem limites. Ela ressaltou que a falta de transparência nos algoritmos das plataformas digitais acaba condicionando os usuários a receber informações de fontes desconhecidas, o que pode torná-los reféns de determinadas opiniões e visões de mundo.

A procuradora também levantou a questão das bolhas sociais, criticando a falta de diálogo entre pessoas com pensamentos divergentes. Ela destacou a importância de abrir a lógica dos algoritmos, visando promover uma maior pluralidade de ideias e opiniões no ambiente virtual.

Além da regulação das redes sociais, Inês Coimbra defendeu a necessidade de estabelecer regras para as tecnologias de inteligência artificial, com o objetivo de garantir a proteção dos dados dos brasileiros e evitar o uso indevido dessas ferramentas. Ela ressaltou a importância de uma abordagem cautelosa nesse processo, de modo a não inibir a inovação, mas sim garantir a segurança e a privacidade dos usuários.

Por fim, a procuradora destacou a importância do diálogo e da construção de pontes entre pessoas com diferentes visões de mundo. Ela enfatizou a necessidade de se combater a desinformação e a violência nas redes sociais, e de promover uma cultura de respeito e inclusão. Inês Coimbra reforçou o compromisso com a equidade racial e de gênero em sua atuação como procuradora-geral, destacando a importância da diversidade para a eficiência das instituições públicas.

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