BRASIL – Reforço policial na Baixada Santista busca capturar suspeitos de morte de criança de 4 anos em Santos, SSP não divulga números.

Reforço policial é intensificado na Baixada Santista após a morte de um menino de 4 anos em Santos. A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP) anunciou ações específicas na região desde quarta-feira (6), com o objetivo de capturar os suspeitos envolvidos na trágica ocorrência. O policiamento está sendo reforçado, com apoio do serviço de inteligência da Polícia Militar local, do policiamento de choque e da Polícia Militar da Baixada. O porta-voz da PM, coronel Emerson Masseira, afirmou em uma entrevista coletiva que a prisão dos criminosos envolvidos no caso é uma questão de honra para a instituição e que a ação para capturá-los não tem prazo para terminar.

Ryan da Silva Andrade Santos foi atingido por um disparo enquanto brincava na calçada em frente à casa de uma prima, vítima de uma operação da Polícia Militar na região do Morro São Bento. O pai da criança, Leonel Andrade Santos, também faleceu em uma operação policial anterior. Entidades de defesa dos direitos humanos, parlamentares e moradores da região denunciaram a violência policial e a falta de legalidade nas operações realizadas na Baixada Santista desde o ano passado.

A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo e diversas entidades expressaram repúdio e indignação diante das mortes de Ryan e de um jovem de 17 anos na mesma ocorrência policial. As entidades destacaram que a morte de crianças não pode ser considerada um resultado aceitável da atuação das forças policiais, e criticaram a atuação violenta da PMESP em bairros pobres e periferias do estado. Assinam a nota de repúdio a Associação Amparar, a Bancada Feminista, o Centro de Direitos Humanos e Educação Popular, a Comissão Arns, a Conectas Direitos Humanos, entre outros.

A SSP lamentou a morte do menino e justificou que a polícia estava em patrulhamento em uma área de tráfico de drogas quando foram atacados por criminosos. As operações na região tinham como objetivo combater o crime organizado, mas têm gerado críticas e denúncias de abusos e violações dos direitos humanos. A prisão dos responsáveis pela morte do menino é aguardada com expectativa e ação da Polícia Militar está sendo intensificada para garantir a justiça no caso.

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