Passados seis anos desde a morte de Marielle, Anielle Franco, agora ministra da Igualdade Racial, defende que a tecnologia, o ensino digital nas escolas e a regulamentação das redes sociais e da inteligência artificial são ferramentas essenciais na luta contra o racismo na internet. Em sua participação no festival Rec´n´Play, realizado no Recife (PE), a ministra destacou a importância de garantir o acesso à internet para todos, especialmente para os mais vulneráveis, como pessoas negras, periféricas e faveladas.
Anielle ressaltou a necessidade de promover uma discussão séria sobre o acesso à internet, o ensino digital nas escolas e a garantia de direitos através da educação. Ela enfatizou que a inclusão digital não pode ser concebida sem o apoio do Estado e que a programação de inteligência artificial deve ser livre de vieses racistas.
A ministra também expressou preocupação com a violência contra comunidades quilombolas, citando o caso da morte de Bernardete Pacífico e a necessidade de aprimorar os programas de proteção aos defensores dos direitos humanos. Ela destacou a importância da colaboração entre diferentes instâncias de poder para atender às demandas dessas comunidades e buscar soluções eficazes.
Anielle Franco enfatizou a importância do trabalho conjunto e da vontade política para enfrentar esses desafios, ressaltando a necessidade de reformular os programas de proteção e implementar políticas públicas eficazes. A ministra deixou claro que a luta contra o racismo e a violência exige um esforço coletivo e contínuo, e que sua pasta está empenhada em melhorar a situação das comunidades afetadas.