BRASIL – Movimento Vida Além do Trabalho agita redes sociais com proposta de fim da jornada 6×1, alcançando apoio de 134 deputados.

O movimento Vida Além do Trabalho (VAT) tem ganhado destaque nas redes sociais e na imprensa devido à proposta de acabar com a escala de trabalho de 6 dias seguidos por 1 dia de folga, conhecida como 6×1. Essa medida tem gerado debates acalorados e mobilizado a opinião pública, levando a um aumento significativo no número de deputados que assinaram uma proposta de emenda à Constituição (PEC) para estabelecer uma jornada de trabalho de, no máximo, 36 horas semanais e 4 dias de trabalho por semana no Brasil.

Com a adesão de 134 deputados à proposta, que precisa de 171 assinaturas para começar a tramitar na Câmara, e a necessidade de 308 votos para ser aprovada em dois turnos de votação, o cenário político em relação à jornada de trabalho no país está em constante evolução. A autoria da PEC é da deputada Erika Hilton (PSOL/RJ), que se baseou no movimento VAT e em uma petição online que já conta com mais de 2,3 milhões de assinaturas a favor do fim da escala 6×1.

Segundo Erika Hilton, a escala 6×1 retira dos trabalhadores o direito de passar tempo com suas famílias, de cuidar de si mesmos e de buscar outras oportunidades de emprego ou qualificação profissional. Ela argumenta que essa jornada é uma forma de aprisionamento e não condiz com a dignidade do trabalhador. Além disso, a petição online destaca que a carga horária abusiva afeta negativamente a qualidade de vida, a saúde e o bem-estar dos empregados.

Outras propostas de redução da jornada de trabalho também estão em discussão no Congresso Nacional, como a PEC 221/2019, apresentada pelo deputado Reginaldo Lopes (PT/MG), que propõe a redução gradual da jornada de 44 horas semanais para 36 horas, sem redução de salário. O debate sobre a jornada de trabalho no Brasil tem despertado o interesse de diversos setores, incluindo sindicatos, centrais sindicais e entidades patronais. A CUT e a CSB apoiam o fim da jornada 6×1, enquanto a CNC expressa preocupações com os impactos financeiros para as empresas.

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, defende que a questão da jornada de trabalho 6×1 deve ser tratada em acordos coletivos entre empregadores e trabalhadores, considerando as especificidades de cada setor. Ele ressalta a importância de um debate amplo e detalhado sobre o tema, levando em conta as necessidades de todos os envolvidos. O cenário político em relação à jornada de trabalho continua em constante evolução, com diferentes visões e propostas buscando um equilíbrio entre a produtividade das empresas e o bem-estar dos trabalhadores.

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