A pesquisadora ressalta que a mensagem da circularidade é fundamental para o avanço das tecnologias, como é o caso de painéis solares e paredes eólicas, que geram energia limpa, mas que também exigem um planejamento para o pós-vida útil desses materiais. Ela acredita que a economia circular pode ser uma ferramenta poderosa nas discussões sobre mudanças climáticas, contribuindo para a regeneração do planeta, proteção da biodiversidade e redução da poluição e resíduos.
A transição para a economia circular requer, segundo Beatriz Luz, uma mudança no modelo mental, tanto na produção quanto no consumo. É fundamental o engajamento do poder público na criação de diretrizes favoráveis a esse novo modelo de negócio, com incentivos para produtos circulares. Além disso, a indústria precisa se engajar e explorar as oportunidades de trabalhar com materiais recicláveis.
Durante o festival, o economista ambiental Arno Behrens, do Banco Mundial, destacou a importância do financiamento dos bancos multilaterais para ações de circularidade. Ele ressaltou que as políticas de economia circular são essenciais para atingir as metas climáticas, podendo contribuir para reduções significativas nas emissões de CO₂.
Especialistas estrangeiros presentes no evento também destacaram a importância do Brasil como um exemplo de inovação e sustentabilidade na região. Com a realização do Brazilian Circular Hotspot, o país se destaca como referência em soluções sustentáveis que podem inspirar outras nações. O evento também serviu como preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que acontecerá em Belém no próximo ano.