O reitor da UFRJ, Roberto Medronho, expressou sua indignação com a atitude das concessionárias, classificando-as como arbitrárias e cruéis, especialmente com os mais vulneráveis. O corte de energia afetou prédios importantes da instituição, como o edifício Jorge Machado Moreira, que abriga órgãos técnicos, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo e a Escola de Belas Artes. A dívida total da UFRJ com a Light chega a R$ 31,8 milhões, referentes a faturas vencidas entre março e novembro de 2024, além de parcelas não quitadas de um acordo firmado em 2020.
Durante uma aula aberta, o reitor apresentou o impacto desse corte no desenvolvimento da universidade e lembrou que muitos alunos de graduação dependem das ações afirmativas para estudar na UFRJ. Ele questionou como um prédio histórico como o da universidade poderia estar sem luz, ressaltando a importância do ensino, da pesquisa e da extensão de qualidade.
O governo federal é responsável por repassar os recursos para as universidades, mas o orçamento discricionário destinado à UFRJ tem sido constantemente reduzido, dificultando o pagamento de despesas essenciais, como as contas de luz e água. A instituição tem negociado com os fornecedores e buscado suplementação orçamentária do Ministério da Educação para honrar os pagamentos, mas as concessionárias têm pressionado com cortes ilegais.
Diante desse cenário de endividamento e pressão por parte das concessionárias, a UFRJ busca alternativas para restabelecer os serviços essenciais à comunidade acadêmica, mantendo o compromisso com o ensino, a pesquisa e a extensão de qualidade. A situação evidencia a importância de investimentos adequados na educação pública e o impacto direto dos cortes orçamentários na vida universitária.