O documento destaca os impactos suportados pela população haitiana e faz um apelo à comunidade internacional para que se comprometa com um futuro pacífico no país caribenho, garantindo o respeito aos direitos humanos. O texto também menciona a destruição causada pelo furacão de 2010 e a escalada de violência que tem sido registrada desde março deste ano no país.
Além disso, a carta aponta o deslocamento de 700 mil haitianos, destacando que essa situação está acompanhada de crises que ameaçam o direito à vida da população. Também são expressas preocupações com violações dos direitos à saúde sexual e reprodutiva de mulheres e meninas.
Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), cerca de 35.000 haitianos já fugiram de suas casas até o início de 2024. O texto ressalta que o Haiti enfrenta grandes desafios, com altos níveis de insegurança alimentar e consequências severas das mudanças climáticas.
O Brasil, atualmente presidindo o G20, terá a responsabilidade de liderar os esforços para buscar soluções e medidas concretas em relação à situação no Haiti durante a Cúpula dos Líderes do G20, que ocorrerá nos dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro. É esperado que diversos chefes de Estado desembarquem no país para discutir essas e outras questões globais.
A sociedade civil tem buscado se fazer ouvir e pressionar os líderes do G20 por ações concretas em relação ao Haiti, exigindo uma reestruturação do país e tolerância zero com qualquer forma de violência sexual e de gênero. A carta redigida pelos grupos de engajamento do G20 Social reforça a importância de um compromisso internacional firme com um futuro pacífico para o Haiti, onde os direitos humanos e ambientais sejam respeitados e protegidos.