Coleção Perseverança é oficialmente tombada pelo Iphan, garantindo sua preservação como importante acervo de arte sacra no Brasil.

A Coleção Perseverança, um acervo de 211 objetos sagrados que resistiram ao violento episódio do Quebra de Xangô, em 1912, acaba de conquistar um importante marco em sua história. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficializou o tombamento definitivo da coleção, garantindo sua preservação e reconhecimento cultural no cenário nacional.

Com essa nova proteção, a Coleção Perseverança, que já estava sob a guarda do Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) desde 1950, passa a ser protegida em nível nacional, consolidando-se como um dos mais relevantes acervos de arte sacra do Brasil. A secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa de Alagoas, Melina Freitas, destacou a importância histórica desse tombamento, ressaltando a resistência e fé das comunidades de matriz africana em Alagoas.

Além das garantias de preservação, o tombamento da Coleção Perseverança traz consigo a valorização cultural do acervo, que agora será alvo de políticas específicas de conservação promovidas pelo Iphan. A proteção legal dos objetos contra destruição, exportação ou modificação é uma das responsabilidades assumidas, garantindo a integridade histórica e cultural das peças.

O trabalho conjunto entre o Iphan, o IHGAL e outras instituições resultará em ações de monitoramento e conservação preventiva, visando preservar a coleção e promover sua visibilidade em atividades culturais e educativas. A participação social no processo de tombamento foi fundamental, contando com a colaboração de lideranças do Povo de Santo, técnicos do Iphan-AL e entidades culturais, que contribuíram com suas percepções e diretrizes para a preservação da coleção.

O tombamento da Coleção Perseverança se destaca como mais um reconhecimento importante da herança cultural afro-brasileira, juntando-se a outros patrimônios como a Serra da Barriga em União dos Palmares e os registros da Capoeira. Essas ações visam fortalecer e proteger as manifestações culturais de matriz africana no Brasil e em especial em Alagoas.

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