BRASIL – Brasileiros acreditam que impactos climáticos podem ser devastadores para economia, mostra pesquisa do Instituto Climainfo.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Climainfo revelou que a preocupação dos brasileiros em relação aos impactos dos eventos climáticos sobre a economia do país é bastante significativa. De acordo com o levantamento, 91% dos entrevistados acreditam que os danos serão devastadores caso a situação climática se agrave. O estudo, que ouviu 2 mil pessoas, foi divulgado nesta quinta-feira (14) e trouxe à tona a opinião da população em relação à crise climática.

Além disso, a pesquisa revelou que 79% dos participantes gostariam de ver o Brasil liderando a transição energética mundial. Para 64% dos entrevistados, o país deveria concentrar seus esforços no desenvolvimento econômico com foco na eliminação da produção e consumo de combustíveis fósseis. Ainda segundo os dados levantados, 73% acreditam que impedir as mudanças climáticas deveria ser uma prioridade governamental, enquanto 97% apoiam a meta de acabar com o desmatamento até 2030.

No entanto, a pesquisa também revelou que parte dos entrevistados possui concepções incorretas sobre as causas e responsabilidades em relação ao clima. Por exemplo, 81% acreditam erroneamente que o desmatamento é a principal causa das mudanças climáticas globais. Já 72% pensam que as empresas que produzem combustíveis fósseis, como petróleo e gás, podem ser responsabilizadas pelos extremos climáticos. Além disso, 71% acreditam que é viável interromper o uso de combustíveis fósseis até 2050.

O diretor do Instituto ClimaInfo, Delcio Rodrigues, destacou a surpresa com o alto percentual de entrevistados que reconhecem a queima de combustíveis fósseis como a principal causa das alterações climáticas. Segundo ele, a transição energética pode representar uma oportunidade econômica para o Brasil. A coleta de dados para a pesquisa foi realizada de forma online, por meio da Plataforma Pollfish, em 15 de julho de 2024, e contou com a participação de aproximadamente 2 mil pessoas, apresentando uma margem de erro de 2%.

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