BRASIL – Empoderamento econômico da população afrodescendente é pauta no G20 Social, com propostas de inclusão financeira e equalização de oportunidades.

Na última quinta-feira (14), durante o G20 Social no Rio de Janeiro, foi lançado o documento “Empoderamento Econômico da População Afrodescendente e o papel dos Bancos Nacional e Multilaterais de Desenvolvimento”, que contém propostas importantes para reduzir a discriminação racial e de gênero no acesso ao crédito e outros serviços financeiros. Uma das propostas é a criação de linhas de crédito específicas para pequenos e médios empreendedores das periferias.

O documento, elaborado em conjunto pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Geledés – Instituto da Mulher Negra e outras entidades, destaca a importância de políticas que promovam a inclusão social e étnica, combatendo as desigualdades presentes na sociedade brasileira. A presidente do Ipea, Luciana Servo, ressalta que, apesar dos avanços em indicadores sociais, a população negra continua enfrentando obstáculos no mercado de trabalho, recebendo salários menores e tendo menos acesso a serviços.

Dentre as recomendações presentes no documento, estão a criação do Crédito Afirmativo para Afrodescendentes e Periféricos, a capacitação de agentes financeiros e da sociedade para acessarem os serviços financeiros, e a priorização de investimentos em regiões com densidade de população afrodescendente. A ideia é que tais medidas contribuam para o desenvolvimento econômico e social do país, promovendo a igualdade e a dignidade para as populações marginalizadas.

Vale ressaltar que as propostas apresentadas no documento podem impactar positivamente a economia como um todo, permitindo que a população negra tenha maior protagonismo e possa prosperar de forma digna. Além disso, o documento desafia as instituições financeiras e os bancos multilaterais de desenvolvimento a reconhecerem os vieses presentes em suas atuações e a promoverem a inclusão social e étnica.

É importante destacar a importância do debate sobre questões raciais e de gênero no contexto do G20, uma vez que o grupo é voltado para discussões econômicas. A coordenadora do secretariado do G20 Brasil, Sara Branco, enfatiza a necessidade do comprometimento das instituições financeiras com a inclusão social e étnica, visando o desenvolvimento sustentável do país.

Em suma, as propostas apresentadas no documento buscam não apenas combater as desigualdades presentes na sociedade brasileira, mas também promover um futuro de igualdade e dignidade para as populações marginalizadas. A implementação dessas medidas é fundamental para transformar declarações e compromissos em ações concretas, visando a erradicação das discriminações raciais nos sistemas econômicos globais.

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